FMostra Cine D’ELAS ocorreu em uma única sessão na tarde da última segunda-feira, 17
O documentário pernambucano “Sotaque do Olhar” foi um dos filmes exibidos na Mostra D´Elas
Com o intuito de valorizar o fomentar a discussão sobre o espaço da mulher no cinema, a mostra Cine D’ELAS exibiu filmes produzidos por mulheres e sobre mulheres na tarde de segunda-feira (17), no Cine Praia Grande, durante o 42º Festival Guarnicê de Cinema.
O Festival Guarnicê é realizado pela Universidade Federal do Maranhão, por meio do Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Empreendedorismo, com apoio o Governo do Maranhão, da Equatorial/ Cemar e do Banco do Nordeste.
A cineasta e curadora de cinema Rose Panet assistiu a mais de 200 filmes submetidos ao Festival dirigido por mulheres, dos quais 13foram selecionais para exibição desta segunda-feira, 17.
Segundo a curadora Rose, os filmes foram escolhidos para destacar o papel da mulher dentro da cinematografia. “Pensei na mostra como um espaço de visibilidade para as mulheres cineastas, diretoras, roteiristas que lutam pelo seu reconhecimento. O cinema ainda é um espaço masculino, as posições de destaque ainda estão em sua maioria nas mãos dos homens, por isso a necessidade de valorizar o olhar da mulher sobre a sociedade dentro das produções audiovisuais”, explicou.
Foram exibidos os filmes ficcionais e documentários Sotaque do Olhar de Mykaela Plotkin, Error XXI de Micheli Alves de Oliveira, Fechadura de Ana Carolina Resende e Caroline Lucena, Fim de Ana Diniz, Flor de Laranjeira de Ilona Wirtch, Icarus de Vitor Rennan e Vitória Aderaldo, Mineiras de Mari Moraga, Minhas vida com você de Maína Dinis e Marjory Rocka, Motriz de Tais Amordivino, Oceano de Amanda Pontes, O silêncio do não de Mozart Albuquerque, Osíris de Tatiane Benardo e Paredes clandestinas e Ana Carolina Nicolau.
Dentre as temáticas abordadas nos filmes estão política, violência contra mulheres, feminismo, relações conjugais e experiências vividas por mulheres no cinema.
Para a estudante de psicologia Raissa Monroe, de 27 anos, a mostra foi interessante porque se preocupou com a valorização da mulher no audiovisual. “Quando vi que na programação do festival tinha uma sessão especial com de filmes de mulheres eu me interessei, porque são mulheres produzindo filmes para mulheres e sobre mulheres, algo não muito recorrente no audiovisual. Acho uma iniciativa válida e parabenizo o Festival Guarnicê pela escolha”, comentou Raissa que adorou a perspectiva do filme Um sotaque do olhar da cineasta Mykaela Plotkin.
A programação completa pode ser acompanhada no site oficial ou nas redes sociais do festival http://www.cultura.ufma.br/42guarnice/ e @guarnicecinema no Instagram.