Considerado um dos mais importantes documentaristas do país, Silvio Tendler morreu aos 75 anos na manhã desta sexta-feira (5). O cineasta estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, zona sul do Rio de
Entre suas obras mais conhecidas estão Jango (1984), Os Anos JK – Uma Trajetória Política (1980) e O Mundo Mágico dos Trapalhões (1981). Sua produção foi marcada pelo engajamento político, pelo resgate da memória e pela valorização de personalidades cujas vidas foram interrompidas pela repressão.
Nascido no Rio de Janeiro em 1950, iniciou-se no movimento cineclubista ainda nos anos 1960, chegando a presidir a Federação de Cineclubes do Rio em 1968. Seu primeiro trabalho foi um documentário sobre João Cândido (1880-1969), o Almirante Negro, líder da histórica Revolta da Chibata.
Durante a Ditadura Militar (1964-1985), exilou-se primeiro no Chile e, depois, na França. Lá, formou-se em História pela Universidade de Paris 7 (Paris Diderot) e concluiu mestrado em Cinema e História na École des Hautes Études, Sorbonne.
Silvio deixa a filha, a também cineasta Ana Rosa Tendler, um neto e mais de uma centena de obras realizadas. O velório está marcado para domingo (7), às 11h, no Cemitério Israelita do Caju.