A noite do dia 30 de novembro de 2024 ficará eternizada na história do Botafogo e do futebol brasileiro
Com uma atuação heroica e organizada, mesmo jogando com um jogador a menos desde o primeiro minuto, o Alvinegro carioca venceu o Atlético-MG por 3 a 1 no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e conquistou pela primeira vez a Taça Libertadores da América, encerrando décadas de espera e consolidando uma era de ouro para o futebol do Rio de Janeiro.
O JOGO
O jogo começou de forma caótica para o Botafogo. Logo no primeiro minuto, o volante Gregore foi expulso após um lance imprudente em que atingiu a cabeça do atleticano Fausto Vera com as travas da chuteira.
Com um a menos, o técnico Artur Jorge precisou reorganizar o time, mudando o esquema para um 6-3-0, priorizando a defesa e apostando em saídas rápidas para o ataque.
Apesar da pressão do Atlético-MG, que teve 79% de posse de bola no primeiro tempo, o Botafogo mostrou disciplina tática e concentração.
A equipe mineira, apesar da superioridade numérica, pecava pela falta de criatividade, limitando-se a cruzamentos e chutes de longa distância, especialmente com Hulk.
Aos 35 minutos do primeiro tempo, o Botafogo aproveitou sua primeira grande oportunidade.
Luiz Henrique, invertendo de posição, limpou a marcação de Lyanco e encontrou Marlon Freitas, que teve seu chute desviado antes de a bola voltar para Luiz Henrique finalizar com precisão e abrir o placar.
Pouco depois, aos 45 minutos, um erro de comunicação no sistema defensivo do Atlético-MG resultou em um pênalti para o Botafogo.
Luiz Henrique foi derrubado pelo goleiro Everson, e o VAR confirmou a infração. Alex Telles converteu com tranquilidade, ampliando a vantagem para 2 x 0.
Na volta do intervalo, o técnico Gabriel Milito fez mudanças drásticas na equipe do Atlético-MG, incluindo as entradas de Vargas e Bernard.
As alterações surtiram efeito imediato: aos dois minutos, Eduardo Vargas descontou de cabeça após cobrança de escanteio de Hulk. O gol deu esperança ao time mineiro, mas a reação parou por aí.
Mesmo com as substituições feitas por Artur Jorge, que buscou fortalecer o contra-ataque com Junior Santos e Matheus Martins, o Botafogo manteve sua solidez defensiva e neutralizou o ímpeto do adversário.
Já nos minutos finais, o Botafogo sacramentou a vitória em uma jogada de brilho individual. Junior Santos, artilheiro da Libertadores com nove gols, recebeu pela direita, driblou dois marcadores, invadiu a área e, após pegar o próprio rebote, marcou o terceiro gol, fechando o placar e garantindo o título inédito para o clube carioca.