03/05/2024
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Cortejo de carnaval pelas ruas do Centro Historico

Passistas da Flor do Samba

Blocos tradicionais e alternativos, escolas de samba e grupos de tambor de crioula abriram, ontem, oficialmente, a programação do Carnaval em São Luís
Thiago Bastos
Da equipe de O Estado
22/02/2014 00h00
  • O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma) promoveu, no fim da tarde de ontem, cortejo de grupos e agremiações carnavalescas que abriu, de forma oficial, a programação do Carnaval deste ano na capital maranhense – cujo tema é É só alegria no coração. As 18 agremiações participantes do cortejo – entre blocos, escolas de samba e tribos de índio – se concentraram na Praça Deodoro (em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite), seguiram pela Rua Grande e finalizaram o trajeto na Praia Grande. No local, o cortejo se juntou a grupos de tambor de crioula e membros de outros blocos tradicionais que se apresentaram, a partir do início da noite de ontem, nas praças da Faustina, Nauro Machado e no Canto da Cultura (esquina das ruas Portugal e da Estrela).

Vestidos a caráter, os brincantes saíram da Praça Deodoro e percorreram, ao som de marchinhas, antes de chegar à Rua Grande, um trecho da Rua do Passeio. Na sequência, o cortejo seguiu pelo principal centro comercial da cidade e chamou a atenção dos transeuntes e dos funcionários das lojas instaladas ao longo da via. Algumas pessoas tiraram fotos e gravaram vídeos, por meio do celular, a cada passagem de grupo. “É bacana ver a nossa cultura de perto, sendo preservada. Vou gravar tudo e levar para casa”, disse o autônomo Francisco da Silva Oliveira, que passava pela Rua Grande, no momento do cortejo.
Após deixar a Rua Grande, o cortejo seguiu, acompanhado pela secretária titular da Cultura do Estado, Olga Simão, para o Centro Histórico. Na Praça Nauro Machado, se apresentaram os grupos de tambor de crioula de Antônio Pacheco e de Leonardo, além de blocos tradicionais (Os Tremendões, Os Feras, Os Foliões, Os Brasinhas e Os Vampiros), blocos alternativos (Vagabundus du Jegue, Jegue Folia, Confraria do Copo), o bloco organizado Mocidade Independente Os Dragões da Madre Deus, Bloco Afro Aruanda, além das escolas de samba Turma do Quinto, Favela do Samba e da cantora Teresa Canto.
Tambor – Na Praça da Faustina, o público prestigiou, desde as 18h de ontem, as apresentações dos grupos de tambor de crioula de Dona Zeca, de Canuto, de Geral, da Clemência, de Catarina Mina,de Maria Bárbara e de Erivaldo. No Canto da Cultura (esquina das ruas Portugal e Estrela), o público assistiu às apresentações dos grupos de tambor de crioula, de blocos tradicionais, organizados, alternativos, além de baterias de escolas de samba.
De acordo com a secretária de Cultura do Estado, Olga Simão, a promoção do cortejo reforça o compromisso de resgatar tradições do Carnaval de rua da cidade. “O Carnaval é em sua essência uma festa de rua. Por isso, se o público, muitas vezes, não pode assistir de perto a um grupo, então o que fizemos foi levar o Carnaval até essas pessoas”, disse.

Tradição de agremiações marca o cortejo momesmo

Os participantes dos blocos (tradicionais, alternativos e organizados), além dos grupos afro e das escolas de samba, mostraram orgulho e disposição durante o cortejo que marcou a abertura da programação oficial do Carnaval 2014 em São Luís. Alegria, dos mais jovens aos idosos, marcou a passagem do cortejo por ruas do centro da cidade.
O integrante da Tribo de Índio Guarany, Raimundo Nonato Silva Almeida – que é um dos fundadores do grupo – de 58 anos, disse a O Estado que, desde 1978 (ano da fundação da Tribo de Índio Guarany), participa do Carnaval de rua. “Mesmo com alguma indisposição, às vezes, sempre arrumo forças para manter viva a minha presença no Carnaval de rua, que eu tanto amo”, disse.
A presidente interina do grupo Os Originais do Ritmo (fundado na Madre Deus), Bruna Monique, de 25 anos de idade, afirmou que participa do Carnaval desde criança. “Aos 2 anos de idade, já comecei a frequentar a sede do grupo, fundado pelo meu pai, Augustinho Cabral Rodrigues. É uma energia muito forte quando participo do Carnaval, algo que não dá para controlar. Só quem participa com amor sabe o que é isso”, assinalou.
A dona de casa Bernarda Tomás da Silva, de 54 anos, é integrante há três anos do grupo Os Ritmistas – Unidos da Madre Deus. “Tenho dois filhos e sete netos e com tudo isso me sinto uma menina participando do Carnaval de rua de São Luís pela minha comunidade”, afirmou

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