O momento é de pressão. Caminhando para um ano e meio de trabalho na gestão, Ronaldo passa pela fase de mais críticas no Cruzeiro. O elenco também vem sendo contestado. O grupo foi vaiado no clássico de ida e blindado por Pezzolano, que ainda tenta ajustar o time ao seu gosto pensando na Série A.
O técnico ganhou alternativas importantes para o jogo de domingo. Marlon, o lateral-esquerdo tão procurado pelo clube desde novembro, está relacionado pela primeira vez. O setor conta com Kaiki e foi um dos principais problemas enquanto o garoto esteve com a seleção brasileira sub-20. O clube também queria opção mais experiente para dar segurança ao jovem para evolução.
A zaga, com opções escassas e desempenho ruim, ainda não terá à disposição Luciano Castán, contratado junto ao Guarani, e Neris, em transição após lesão. Reynaldo e Lucas Oliveira são as alternativas.
Há busca por também oferecer maior proteção a eles no meio-campo. Ian Luccas, Neto Moura e Ramiro são os volantes usados no elenco, mas ganharam concorrência de Richard, relacionado para o jogo, mas que ainda trabalha para ter melhor condição física.
No ataque, Gilberto e Bruno Rodrigues estão assegurados em suas posições, mas veem ao menos uma vaga aberta ao redor – a depender do esquema utilizado. Nikão, Wesley e Mateus Vital brigam por espaço e afirmação na equipe para o Brasileiro.
Tabus e respiro
O Cruzeiro tem consciência sobre a dificuldade para a classificação. Mas o time busca um bom resultado e, de preferência, com boa atuação, pensando na sequência da temporada. Quer vencer e convencer para ganhar respiro para Copa do Brasil e Série A. Além disso, quer retomar confiança, como ocorreu com o empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, na primeira fase do Mineiro.
Eventual eliminação com nova derrota e/ou atuação ruim aumentaria a pressão atual, que já é grande. Dessa forma, o time teria cerca de 20 dias sem jogos e retornaria em semana com duelo mata-mata da Copa do Brasil (ainda sem adversário definido) e estreia na elite nacional, contra o Corinthians, fora de casa.
Mas, para vencer, o Cruzeiro terá de quebrar alguns tabus que incomodam à torcida e fizeram o clima pesar. O primeiro deles é a sequência de seis derrotas seguidas para o América-MG. A última vitória foi pela Série B de 2020, no Independência, por 2 a 1.
Além disso, a Raposa segue sem conseguir vencer clássicos e adversários de Série A com a gestão de Ronaldo. No ano passado, quando o time estava na Série B, sofreu duas derrotas para o Atlético e uma para o América, no Mineiro, além de duas para o Fluminense, na Copa do Brasil.
Neste ano, de volta à elite nacional, foi derrotado para o Coelho e empatou com o rival alvinegro, na primeira fase do Estadual.