O espetáculo “Uma late outra mia”, inspirado na icônica peça “Uma Linda Quase Mulher”, que estreou em 1999 no Circo da Cidade e rapidamente conquistou o público, será apresentado nos dias 31 de agosto, às 20h, e 1o de setembro, às 18h, no Teatro Arthur Azevedo.
A montagem se destacou com seu estilo único e irreverente. Os atores se destacaram pelo uso do improviso, humor e interação direta com a plateia, transformando o espetáculo em um dos maiores sucessos do teatro local, com apresentações lotadas no Teatro Arthur Azevedo até 2015.
A partir de 2016, surgiram as primeiras ideias para “Uma late outra mia”, em encontros e conversas entre Erivelto Viana, Arilson Ferreira, e Fabiano Sarac, amigo e incentivador do retorno das personagens Cintia Sapequara e Mia Cara de Gato ao teatro. O espetáculo finalmente estreia em 2024, com um elenco encabeçado por Arilson Ferreira e Erivelto Viana, e com a participação de Emanuel Balata, Luty Barteyx, Alberto Danuzio, Rob Falcão, Breno Silva, Stela Pinheiro, Davi Chaves e Dani Diamond. A dramaturgia é assinada por Erivelto Viana e a direção por Urias de Oliveira.
O espetáculo pode ser definido como uma comédia besteirol, destacando-se pelo conteúdo absurdo e escrachado, utilizado para criticar situações cotidianas, a sociedade e a política. O teatro besteirol, um movimento teatral que nasceu em São Paulo e ganhou força no Rio de Janeiro, se popularizou no Brasil na década de 1980.
O termo, criado pelo crítico teatral Macksen Luís, descreve espetáculos que, desprovidos de preconceitos, incorporam referências da cultura brasileira para criar uma caricatura do comportamento cotidiano. Embora inicialmente usado de forma pejorativa, “besteirol” passou a significar uma “divertida bobagem”, um humor anárquico que desafia a cultura erudita.
“Uma late outra mia” adota uma abordagem irreverente e exagerada, com o objetivo principal de fazer o público rir por meio de piadas escrachadas, de duplo sentido, trocadilhos, paródias de cenas conhecidas e sátiras do cotidiano. O espetáculo também aborda temas tabus e polêmicos de forma satírica, utilizando humor maranhense debochado, com personagens caricatos que fazem uso do improviso e da interação com o público.