FAVELA DO SAMBA 2012
Inscrições do concurso de samba enredo acabam nesta sexta, 16 de setembro
Termina nesta sexta-feira, 16 de setembro, o prazo final de inscrições para o concurso de samba enredo 2012, da Sociedade Recreativa Escola de Samba Favela do Samba, escola hexa campeã do carnaval ludovicence.O tema é inspirado na história da cidade de São Luís, numa homenagem aos seus 400 anos de existência, cujo título denomina-se “São Luís, a menina dos olhos do mundo”
Todo material de pesquisa e sinopse do enredo estão à disposição dos compositores na sede do Departamento de Assuntos Culturais da UFMA (Rua Grande, 782), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e 14 às 19h. E ainda na sede da Favela do Samba, de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 21h00. A sede da escola fica localizada na Av. dos Africanos (Sacavém).Mais informações com Rogério Avelar (8861 4136)
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C A R N A V A L 2 0 1 2
ENREDO: SÃO LUIS, A MENINA DOS OLHOS DO MUNDO
Quisera o destino matreiro, que os franceses na busca de criar uma França Equinocial, o que lhe daria um lugar ideal para lá realizar o seu sonho de ter um paraíso de sol, plantas, animais, centenas de aves nativas, e riquezas diversas.
Esse é, sem dúvida, um lugar de beleza sem igual e calor o ano inteiro. Os franceses, em busca desse paraíso, foram impedidos de aportar na Bahia (o lugar que achavam ideal), tendo os mesmos sido lançados ao litoral norte do Maranhão, e aportaram na Ilha de Upaon-açú.
Após dura e sangrenta batalha com os índios locais, integrante da etnia tupinambás, no dia 12 de setembro de 1612, Daniel de La Touche ( Sr. de La Ravardiere) funda a Cidade de São Luís, em homenagem a Luis IX, patrono da França, e, também patrocinador das grandes navegações francesas em busca de novos mundos.
Logo após a fundação de São Luís, os franceses fazem aliança com os derrotados tupinambás e travam batalha com os Portugueses da Província de Pernambuco, que tentam reconquistar o então território perdido. Os portugueses saem vitoriosos. Com a reconquista do solo perdido, os portugueses enfrentam uma nova batalha com os invasores holandeses, que não resistem muito tempo.
Os portugueses quando conseguiram expulsar os holandeses, buscaram escravos no continente africano para implementação da lavoura, em especial da cana de açúcar, e trouxeram inicialmente negros do arquipélago açoriano para esse propósito. O tráfico de escravo se tornou tão intenso e volumoso que caracterizou uma diáspora e tornou São Luís o segundo porto brasileiro que mais recebeu negros do continente africano, no período colonial.
Na fase inicial de sua colonização, o Brasil foi dividido em 02 Unidades Administrativas – Estado do Maranhão e Estado do Brasil, e São Luis foi escolhida como a primeira capital da Unidade Administrativa do Estado do Maranhão.
Com todos esses acontecimentos e com a miscigenação que se formou, envolvendo povos europeus (franceses, portugueses e holandeses) com os índios locais e os negros africanos trazidos como escravos (numa diáspora decisiva para formação socio-cultural do povo), os brasileiros do Maranhao fizeram a sua história.
Entre os pontos marcantes dessa construção recheada de historia, cultura e arte, pode-se destacar que o povo maranhense, principalmente o ludovicense, tornaram reais grandes lutas, sonhos e tesouros peculiares, os quais valem a pena serem destacados, os seguintes:
Seu porto na Praia Grande, as importações principalmente de algodão, não deixava que o mundo não olhasse esta ilha maravilhosa que a França tinha como paraíso, e que os estudiosos e apaixonados lhe atribuíam os diversos títulos: “Atenas Brasileira”, “Cidade dos Azulejos”, “Ilha de Upaon-Acu”, “ Ilha dos Amores”, “Jamaica Brasileira”, entre tantos outros codnomes.
Com o decorrer dos anos, com seus casarões colonias ornados em azulejos, com ruas de paralelepípedos, e pedras de cantarias, suas histórias fantásticas, suas lendas maravilhosas (Catirina e Pai Francisco, a serpente encantada, deusa Ina suas assombrações delirantes (Ana Jansen, manguda …); com suas estórias e poesias, magnificamente narradas por Gonçalves Dias, Graça Aranha, Aluizio de Azevedo, Sousandrade, Bandeira Tribuzzi, Ferreira Goulart, Josué Montelo, Sarney, etc;
Com sua musicalidade tão bem interpretada e cantada ( Alcione, Zeca baleiro, Joao do Vale, Humberto de Maracana, Chiador , Coxinho, etc.); com sua formas e cores, sonhos e devaneios dos artistas (Marlene Barros, Eduardo Sereno, Antonio Almeida, Pericles Rocha, Dila, Francsoufer, Fernando Mendonca, Miguel Veiga, Maia Ramos, Airton Marinho, entre tantos outros.);
Com os anônimos artesões que com a palha de buriti, babaçu, fazem rendas e peças utilitárias e decotativas maravilhosas, criando um mundo de sonhos; Com suas vastas manifestações culturais, principalmente o carnaval, as festas juninas (a mais variada do Brasil) tendo como carro chefe o bumba meu boi e o tambor de crioula;
Com seu patrimônio arquitetônico uúico que encanta o mundo, a exemplo do teatro Artur Azevedo, palácio dos leões, o centro histórico na Praia Grande, igrejas, praças, ruas, ladeiras, pedra de linhóis, fonte do Ribeirão, etc;
Com seus dias de muito sol, com suas lindas praias, sua culinária variada e tentadora continuam atraindo gente de todas as partes do mundo, que nunca deixaram de olhar este paraíso que é nosso – é ludovicense, é maranhense, é brasileiro.
Quisera oh! matreiro destino, que esta ilha que fora dos índios, que fora fundada pelos franceses, conquistada pelos portugueses, invadida pelos holandeses, trabalhada e desbravadas pelos africanos, e hoje ela é dos brasileiros maranhenses e de todos aqueles que aqui habitam, (mesmo oriundo de diversas parte do mundo). Afinal, hoje São Luis e como uma menina, admirada e desejada por todo o mundo, pois, nas comemorações de seus quatrocentos anos, ela é Patrimônio Cultural da Humanidade.
VIVA SÃO LUIS!!
DESENVOLVIMENTO DO ENREDO
COMISSÃO DE FRENTE: A luta pela terra, regida pelo destino
Mestre Sala e Porta Bandeira: A grande aliança (franceses e tupinambás)
ABRE ALAS – O Sonho de uma França Equinocial – O paraíso solar junto ao equador
Bateria – O rufar dos tambores dos donos da terra.
Passistas: A malandragem dos conquistadores
1ª Ala – Os fundadores (franceses)
2ª Ala – Os conquistadores (portugueses)
2ª Ala – Os Invasores (holandeses)
4ª Ala – a força de trabalho (escravos africanos – açorianos)
2º CARRO: A Grande Miscigenação
5º Ala – Capital administrativa da Unidade do Maranhão
6ª Ala – Comércio da praia grande
7ª Ala – A farra do algodão
8ª Ala – Santo do pau oco – contrabando.
ALA DAS BAIANAS: A festa das flores da casa das Minas.
3º CARRO: Lendas, Encantos e Assombrações.
9ª Ala – Cidade dos azulejos
10ª Ala – Atenas brasileira
11ª Ala – Ilha dos amores
12ª Ala – Jamaica brasileira
4ª CARRO: A nossa Prata vale Ouro!! – Homenagem aos grandes poetas, escritores, cantores, cantadores, artistas plásticos, artesões, atores, Etc.
13ª Ala – O encanto do sol e das praias
14ª Ala – A nossa farta culinária
15ª Ala – A beleza do artesanato
16ª Ala – A magia das festas juninas
17ª Ala – Hoje é dia de carnaval
5º CARRO; São Luis – Patrimônio Cultural da Humanidade.