03/12/2024
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Favela do Samba abre as portas da quadra para festejar o Dia da Consciência Negra

A domingada será de apresentação das propostas de sambas concorrentes ao concurso de samba enredo

A Sociedade Recreativa Escola de Samba Favela do Samba, seis vezes campeão do carnaval de Passarela de São Luís, promove a reabertura da quadra neste domingo, 20 de novembro, no Sacavém, a partir das 19 horas. Para tanto a diretoria da escola agendou uma grande festa e ao mesmo tempo em que festeja o Dia da Consciência Negra. A domingada servirá também para apresentação das propostas inscritas para o concurso de samba enredo de 2012. Para animar a noitada está confirmada a presença da bateria ‘Carcará’ sob a regência do mestre Júlio Diniz e toda ala de interpretes da escola, grupo de pagode e apresentação de um Bloco Tradicional.

Estão sendo convocadas para subirem ao palco as seguintes propostas selecionadas dos compositores que se segue: 01. Dio e Magé, samba de Belém. 02. Luzian Filho, Joca, Jota Júnior e Wesley. 03. Carlos Cuíca e Quirino. 04. Joelson Braga, Nestor, Ananias e Miolo. 05. Darlan Oliveira e Lucas Neto. 06. Alysson Ribeiro. 07. Ermelindo Sales. 08. Godinho e T. Oliveira. 09. Jota Assunção (Riba Palmares), Tião e Luís Curió. 10. Mary Cristina. 11. Curió e Sérgio Murilo. 12. Zeca Melo. 13. Gilberto Luz.

De acordo com informações da direção de carnaval da Favela do Samba, a primeira eliminatória deve acontecer no dia 27, domingo, a segunda no dia 4 de dezembro, e a grande final para escolha do samba enredo, será no dia 11 de dezembro.Nas próximas horas a coordenação de eventos deve divulgar os calendário de atividades para os meses de janeiro e fevereiro.

Para o carnaval de 2012 a Favela vai à busca do hepta campeonato com enredo inspirado na história da cidade de São Luís, numa homenagem aos seus 400 anos de existência, cujo título denomina-se “São Luís, a menina dos olhos do mundo”, do carnavalesco Pedro Padilha.
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SINOPSE DO ENREDO: SÃO LUIS, A MENINA DOS OLHOS DO MUNDO

Quisera o destino matreiro, que os franceses na busca de um lugar ideal para lá realizar o seu sonho de um paraíso de sol, plantas, animais, centenas de aves nativas – uma França Equinocial.
Esse e, sem duvida, um lugar de beleza sem igual e calor o ano inteiro. Os franceses, em busca desse paraíso, foram impedidos de aportar na Bahia (o lugar que achavam ideal), tendo os mesmos sido lançados ao litoral norte do Maranhão, e aportaram na Ilha de Upaon-açú.
Após dura e sangrenta batalha com os índios locais, principalmente os tupinambás, no dia 12 de setembro de 1612, Daniel de La Touche (Senhor de La Ravardiere) funda a Cidade de São Luis, em homenagem a Luis IX, patrono da França, principalmente das grandes navegações em busca de novos mundos.
Logo após a fundação de São Luis, os franceses fazem aliança com os derrotados tupinambás e travam batalha com os Portugueses da Província de Pernambuco, que tentam reconquistar o território perdido. Os portugueses saem vitoriosos. Com a reconquista do solo perdido, os portugueses enfrentam uma nova batalha com os invasores holandeses, que não resistem muito tempo.
Quando conseguiram expulsar os holandeses, buscaram escravos no continente africano para implementação da lavoura, em especial da cana de açúcar, e trouxeram inicialmente negros do arquipélago açoriano para esse propósito. Embora, o trafico de escravo se tornou tão intenso e volumoso que caracterizou uma diáspora e tornou São Luis o segundo porto brasileiro que mais recebeu negros do continente africano.
Na fase inicial de sua colonização, o Brasil foi dividido em 02 Unidades Administrativas – Estado do Maranhão e Estado do Brasil, e São Luis foi escolhido como a primeira capital da Unidade Administrativa do Estado do Maranhão.
Com todos esses acontecimentos e com a miscigenação que se formou, com povos europeus (franceses, portugueses e holandeses) com os índios locais, e os negros africanos trazidos como escravos, numa diáspora decisiva para formação sociocultural do povo, os brasileiros do Maranhão fizeram a sua história.
Entre os pontos marcantes dessa construção recheada de historia, cultura e arte, pode-se destacar que o povo maranhense, principalmente o ludovicense, tornaram reais grandes lutas, sonhos e tesouros peculiares, os quais valem à pena serem destacados, os seguintes:
Seu porto na Praia Grande, as importações principalmente de algodão, não deixava que o mundo não olhasse esta Ilha Maravilhosa que a França tinha como paraíso, e que os apaixonados lhe atribuíam os diversos títulos: “Atenas Brasileira”, “Cidade dos Azulejos”, “Ilha de Upaon-Acu”,” Ilha dos Amores”, “Jamaica Brasileira”, entre tantos outros codinomes.
Com o decorrer dos anos, com seus casarões colônias ornados em azulejos, com ruas de paralelepípedos, e pedras de cantarias, suas histórias fantásticas, suas lendas maravilhosas (Catirina e Pai Francisco, a serpente encantada, deusa Iná…) suas assombrações delirantes (Ana Jansen, manguda…); com suas estórias e poesias, magnificamente narradas por Gonçalves Dias, Graça Aranha, Aluizio de Azevedo, Sousândrade, Bandeira Tribuzzi, Ferreira Goulart, Josué Montelo, Sarney, etc;
Com sua musicalidade tão bem interpretada e cantada, (Alcione, Zeca Bale iro, João do Vale, Humberto de Maracanã, Chiador, Coxinho, etc.); com suas formas e cores, sonhos e devaneios dos artistas (Marlene Barros, Eduardo Sereno, Antonio Almeida, Péricles Rocha, Dila, Francsoufer, Fernando Mendonça, Miguel Veiga, Maia Ramos, Airton Marinho, entre tantos outros.);
Com os anônimos artesões que com a palha de buriti, babaçu, fazem rendas e pecas utilitárias e decotativas maravilhosas, criando um mundo de sonhos; Com suas vastas manifestações culturais, principalmente o carnaval, as festas juninas (a mais variada do Brasil) tendo com carro chefe o bumba meu boi;
Com seu patrimônio arquitetônico único que encanta o mundo, a exemplo do teatro Artur Azevedo, palácio dos leões, o centro histórico na Praia Grande, igrejas, praças, ruas, ladeiras, pedra de linhóis, fonte do Ribeirão, etc.;
Com seus dias de muito sol, com suas lindas praias, sua culinária variada e tentadora continua atraindo gente de todas as partes do mundo, que nunca deixaram de olhar este paraíso que é nosso – e ludovicense, e maranhense, e brasileiro.
Quisera oh! matreiro destino, que esta ilha que fora dos índios, que fora fundada pelos franceses, conquistada pelos portugueses, invadida pelos holandeses trabalhada e desbravadas pelos africanos, e hoje ela é dos brasileiros maranhenses e de todos aqueles que aqui habitam mesmo oriundo de diversas parte do mundo. Afinal, hoje São Luis e como uma menina, admirada e desejada por todo o mundo, pois, nas comemorações de seus quatrocentos anos, ela é Patrimônio Cultural da Humanidade.
VIVA SÃO LUIS!!

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