18/05/2024
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Flor do Samba brilha na avenida e sonha com titulo do Carnaval 2014

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Com o samba-enredo “Eu sou o néctar da felicidade”, a Flor do Samba empolgou o público.

Anderson França e Paulo de Tarso Jr. / Imirante.com
04/03/2014 às 04h07 – Atualizado em 04/03/2014 às 07h29
SÃO LUÍS – A segunda noite de desfiles das Escolas de Samba na Passarela esbanjou originalidade e alegria. Nesta Segunda-Feira (3) Gorda de Carnaval, as agremiações que passaram na avenida mostraram ao público sambas de enredo ritmados que empolgaram a todos. Confira detalhadamente o show de autenticidade, cadência e samba no pé das Escolas que disputam o título e o prêmio de R$ 40 mil que serão entregues para a melhor do Carnaval da ludovicense.
Terrestre do Samba da Estiva
A bateria da Terrestre do Samba da Estiva empolgou a arquibancada. (Foto: Paulo de Tarso Jr.)
“De rei ou de louco, todos temos um pouco”. Com este tema a primeira Escola a se apresentar na Passarela trouxe muita animação estampada nos rosto de cada um dos 800 componentes da Escola que veio do bairro da Estiva. O desfilei na avenida contou com 11 alas e duas alegorias criadas por carnavalesca Loise Santos. A carnavalesca disse que “este ano preparamos um desfile inspirado nas formas mais bonitas mostrar o ser humano”, declarou cheia de entusiasmo.
Na bateria, Mestre Marcio tirou o melhor do ritmo dos integrantes. A rainha de bateria, Valéria Santos, puxou os ritmistas com muita simpatia, carisma e samba no pé. Ela declarou que “para manter o pique é preciso muita entrega aos exercícios físicos”. A rainha de bateria desfila há 2 anos na Terrestre do Samba”.
Benedito Bulhões, presidente da Terrestre do Samba disse que “ver o resultado do trabalho da Escola na Passarela é emocionante, porque tudo foi feito com muito amor para o público”.
Túnel do Sacavém
O casal de mestre-sala e porta bandeira brilhou durante o desfile da Túnel do Sacavém. (Foto: Paulo de Tarso Jr.)
A segunda Escola da noite foi a Acadêmicos do Túnel do Sacavém que chegou à avenida com muito brilho nas fantasiais e alegorias criadas pelo carnavalesco Washigton Coelho especialmente para contar o tema “No arco-íris da diversidade, meu universo é multicor”.
O samba-enredo levado para avenida festeja a diversidade sexual, mostrando que, independente da forma de amar, o que vale a pena é a pluralidade da sociedade e que isto deve ser comemorado. O casal de mestre-sala e porta bandeira entrou com a fantasia intitulada “arco-íris da diversidade”. A porta bandeira Rithili Santos, 18, declarou que “carregar a bandeira da Escola é muita responsabilidade, ainda mais com o tema que motiva a igualdade dos sexos e diz basta ao preconceito”.
O samba escolhido para este ano foi puxado pelo Mestre Renato Guimarães, há três anos no comando da bateria que levantou a arquibancada com uma paradinha. O enredo foi cantado a todo o pulmão pelos 1.200 integrantes da Escola comandada por Sebastião Sardinha da Cruz. No total, a agremiação contou com 12 alas e 3 carros alegóricos.
Unidos de Ribamar
Com muita criatividade, a comissão de frente trouxe o “bicho” para a avenida. (Foto: Paulo de Tarso Jr.)
Sob a regência do Mestre Bispo, a bateria da Unidos de Ribamar empolgou a multidão que acompanhou a evolução na Passarela. O enredo deste ano é “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, uma forma de protestar contra a pobreza, a violência e as mazelas sociais que, segundo Agostinho Sousa Santos, presidente da agremiação, “são os bichos que o homem tem que enfrentar sem medo e o melhor caminho é educação”, afirmou.
A história contada em 12 alas e 4 alegorias mostrou a proposta de samba-enredo pela mente criativa do carnavalesco Guilherme Mendes Ferreira. Ele levou carros alegóricos com castelo fantasma, assombrações e dragões. As alegorias destacavam os bichos da imaginação como bruxas, Conde Drácula, serpente encantada, lenda da manguda, zumbis e outros personagens do folclore.
A Unidos de Ribamar desfilou as cores vermelho, azul, amarelo e branco, trazendo 2.000 componentes caracterizados e cantando o samba composto por Samy do Cavaco e Wallice Godinho.
Flor do Samba
Comissão de frente da Flor do Samba deu show na Passarela. (Foto: Paulo de Tarso Jr.)
Finalizando a última noite do desfile das Escolas de Samba, os integrantes da Flor do Samba entraram na avenida. Este ano, o título do samba-enredo foi “Eu sou o néctar da felicidade”, composto por Dominguinhos Lopes e Augusto Tampinha, letristas respeitados no carnaval ludovicence. Há 32 anos na Escola do bairro do Desterro, Dominguinhos diz que “é recompensador cantar a felicidade na avenida”. Ele disse, ainda que, este ano, ele se vestiu de pura alegria para mostrar o trabalho da sua Escola de coração.
Logo no início do desfile, na Comissão de Frente, bailarinos fantasiados de “o néctar da criação” apresentaram o enredo da história contada na avenida. A responsável pela coreografia da comissão de frente, Flávia Ferreira, é bailarina popular. Ela disse que “foram dois meses de muito trabalho, montando a coreografia para a evolução dos bailarinos na avenida e, agora, esperamos pelo resultado do julgamento”.
A Flor do Samba foi a mais audaciosa da noite. Foram cinco alegorias imponentes que representavam as formas de conseguir a felicidade como o amor, a fartura, os sonhos, os desejos e, claro, a folia do Carnaval. O casal de mestre-sala e porta bandeira carregou o estandarte do “bem” e do “mal”, fazendo referência aos dilemas vivenciados em busca da felicidade plena. A Escola trouxe, também, alas coreografadas.
A bateria, sob regência do mestre Gutenberg Maia, foi batizada “tambores da felicidade, uma maneira de externar a emoção de cada ritmista em tocar os instrumentos musicais”, disse Gutenberg.
A rainha da bateria da Flor do Samba esbanjou beleza e samba no pé. (Foto: Paulo de Tarso Jr.)
Há três anos no posto de rainha da bateria, Paloma Arouche, 18, afirma que o amor pela Flor do Samba é algo inexplicável. “Nasci e cresci na Flor, desde os 2 anos de idade frequentava o barracão da minha Escola do coração”, declarou Paloma emocionada após o desfile.
Para não estourar o tempo máximo de uma hora, a Flor do Samba precisou acelerar a cadência dos tambores e passar pelo portão. Os integrantes da Flor do Samba saíram da Passarela empolgados, entoando gritos de “é campeã!”, a festa da agremiação continuou na dispersão.

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