
O evento deste ano foi marcado por uma série de polêmicas. Uma delas foi o Instituto São Marçal, que deixou de organizar o encontro este ano alegando falta de apoio do Governo do Estado para a realização das atividades, levantando-se a possibilidade de a festa ser cancelada. Dessa forma, um grupo de voluntários se comprometeu em organizá-la, com a disponibilização da estrutura de palco e som.
No dia em homenagem a São Marçal, os grupos de bumba-boi começaram a chegar ao João Paulo desde as 5h e no local já havia um público esperando pela passagens dos batalhões. Ao longo de todo o dia, o comércio permaneceu de portas fechadas.
Um a um, os grupos se apresentaram para as pessoas que foram ao local prestigiar e participar do momento singular da cultura popular maranhense. As apresentações começaram próximo à sede do 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), de onde os brincantes se concentraram, e de lá elas seguiam ao longo da avenida, passando pela frente da estátua do Duque de Caxias, os dois palcos montados na via e por fim pela grande estátua de São Marçal. Em seguida, se dispersavam.
Os batalhões eram seguidos pelos que queriam aproveitar todos os momentos das festividades juninas. Os brincantes carregavam as suas próprias matracas e pandeirões, que, de forma harmônica, entoavam o som forte e característico do São João.
Foi assim durante a passagem do Boi de Maracanã, que levou para a avenida a beleza do seu batalhão pesado, tão aguardado por muitos que ali estavam. Nos pandeirões dos integrantes do grupo, a imagem de Humberto de Maracanã, que faleceu no ano de 2015, fazia com que a memória de uma das maiores personalidades do São João maranhense continuasse viva.
Ainda durante o dia, outros grupos passaram pelo local, como o Boi do Maiobão, Boi de São José dos Índios; Boi da Matinha, Boi de Itapera, entre outros grupos. As apresentações no local terminaram apenas no fim da tarde. “Todos os anos eu venho para o João Paulo e participo da festa. Gosto muito de estar aqui”, disse a comerciante Francisca dos Santos.
Este ano, houve uma diminuição na quantidade de grupos que passaram pela Avenida São Marçal. Além disso, o Exército Brasileiro, por meio do 24º Batalhão de Infantaria Leve (24º BIL), não disponibilizou o caldo de feijão como fazia todos os anos. Mesmo assim, contribuiu para o desenvolvimento da festa.
“O batalhão esteve sempre presente e se colocando sempre à disposição. Essa é uma festa do povo e o batalhão faz parte desse povo”, destacou o tenente-coronel Marcus Vinícius, atual comandante do 24º BIL.