A cantora Leny Andrade morreu nesta segunda-feira (24) aos 80 anos. Ela estava internada desde semana passada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela assessoria do Retiro dos Artistas.
Segundo a assessoria, a cantora sofria com a síndrome de Lewy, que provoca declínio cognitivo, alucinações visuais recorrentes, flutuação no estado cognitivo e sinais parkinsonianos extrapiramidais.
Em junho, a artista havia sido internada por insuficiência respiratória grave, “chegando a ser entubada” após exames constatarem uma pneumonia. Ela retornou ao Retiro dos Artistas, onde morava desde 2018, mas teve uma piora no quadro de saúde.
Nas redes sociais, sua conta oficial fez uma publicação, informado aos seguidores de sua morte.
“A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno. Leny faleceu nessa manhã, cercada de muito amor. As informações do velório serão divulgadas em breve. A voz de Leny Andrade é eterna!”, diz a publicação.
A publicação diz que Leny foi “encontrar João Donato e Tony Bennett”. A cantora era amiga do lendário cantor norte-americano Tony Bennett, que morreu na última sexta-feira (21). Sua última postagem foi uma homenagem ao artista.
Natural do Rio de Janeiro, Leny Andrade começou a cantar profissionalmente aos 15 anos. A artista perpassa por estilos como jazz, samba e bossa nova.
Seu primeiro álbum foi lançado nos anos 1960, “A Sensação”. Na década seguinte, ela gravou “Registro”, dando início ao samba-jazz. Ao longo dos anos, ela lançou mais de 30 discos.
A artista interpretou canções de compositores como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Djavan, Ivan Lins e mais.
Leny possui uma carreira nacional e internacional, tendo morado no México no fim dos anos 1960 e se dividido entre Brasil e Estados Unidos nos anos 1980 e 1990, segundo o Instituto Memória Musical Brasileira.