18/02/2025
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Definida ordem de apresentação de sambas em eliminatória da Beija-Flor

A Secretaria de Estado de Cultura (Secma) definiu, em sorteio nesta quarta-feira (14), a ordem de apresentação dos concorrentes nas eliminatórias do concurso para escolha do samba da Beija-Flor 2012. As seletivas acontecem nesta quinta-feira (15) e sexta-feira (16), com finalíssima no sábado (17), no Ceprama (Madre Deus), às 19h. A escola cantará o tema “São Luís – O Poema Encantado do Maranhão”.

Cada compositor terá 15 minutos para apresentar seu samba à bancada de jurados, formada por membros da Comissão de Carnaval da Beija-Flor. A cada noite serão classificados 6 compositores, no total de 12 selecionados para a final. Três sambas maranhenses serão escolhidos para participar da finalíssima do concurso, no Rio de Janeiro, em outubro.

ORDEM DE APRESENTAÇÃO

QUINTA-FEIRA (15)

1 – Compositor: Ricardo Moreno Gonçalves Melo – Ricardo do Cavaco; Co-autor: Marcos Paulo Lopes Silva – Paulinho Sabujá, José Istênio de Melo – Zeca Melo de Penalva – e José Raimundo Cardoso Serra – Serrinha (São Luís)
2 – Compositor: Valmir Sales Lima – Valmir Sales; Co-autor: Reinaldo Coqueiro Rodrigues – Coqueiro da Vyla (São Luís)
3 – Compositor: Sílvio Henrique dos Santos Rayol – Sílvio Rayol (São Luís); Co-autor: Carlos Augusto Pinheiro Diniz – Carlinhos Diniz e Paulo Henrique Martins Rayol – Paulinho Rayol (São Luís)
4 – Compositor: José Luís Carvalho dos Santos – Professor José Luís; Co-autor: José Luiz Carvalho dos Santos Júnior – Luiz Júnior – e Adelino Carvalho dos Santos – Maestro Adelino (São Luís)
5 – Compositor: Júlio Vinicius Guerra Nagem – Vinicius Nagem (São Luís)
6 – Compositor: Gilvan Moura Lima de Araújo – Gilvan Mocidade; Co-autor: José Lopes Filho – Zé Lopes – e Luiz Carlos Henrique – Oró do Pandeiro (São Luís)
7 – Compositor: Levi Lima Carvalho – Levi Carvalho; Co-autor: Egilena Silva Santos – Lena Santos (São Luís)
8 – Compositor: José Gomes de Figueiredo – José Figueiredo (São Luís)
9 – Compositor: Marco Antonio Lago – Marco Lago; Co-autor: Cláudia Elita Lago – Cláudia Lago (São Luís)
10 – Compositor: Pedro Rodrigues de Araújo; Co-autor: David Nunes de Araújo (Boa Vista do Gurupi)
11 – Compositor: Francisco Paulo de Almeida Júnior – Chico Nô (São Luís)
12 – Compositor: Gislenaldo Machado Moreira – Gigi Moreira; Co-autor: Walasse Ribeiro Godinho – Wallasse Godinho – e Wilson Raimundo Tavares Silva – Wilson Bozzó (São Luís)
13 – Compositor: Raimundo Nonato Barroso de Oliveira – Dico Barroso; Co-autor: Maria do Perpétuo Socorro Soares Teixeira – Socorro Teixeira (Paço do Lumiar

SEXTA-FEIRA (16)

1 – Compositor: José Fernando Rabelo Mendes; Co-autor: João José Rabelo Mendes (Bacuri)
2 – Compositor: Márcio Henrique Guterres Guimarães – Márcio Guimarães (São Luís)
3 – Compositor: José Istênio de Melo – Zeca Melo de Penalva (São Luís)
4 – Compositor: Jailson Pereira Boas – Jailson Pereira; Co-autor: Vicente Anastácio Melo – Vicente Melo e Wendson Douglas Ribeiro Oliveira – Dennys Melodia (São Luís)
5 – Compositor: Mary Cristina dos Santos Gomes (São Luís)
6- Compositor: Cláudio Santos Sousa (Rosário)
7 – Compositor: Josias Eduardo Silva Silva Filho – Josias Filho; Co-autor: Luzian Silva Fontes Filho – Luzian Filho; Welley Pericles Costa de Almeida e Gutemberg Maia Sousa – Mestre Gut (São Luís)
8 – Compositor: Carlos Quirino dos Santos Filho – Quirino do Cavaco; Co-autor: Antonio Carlos Araújo Ferreira – Carlos Cuica; José de Ribamar Fontoura Lobato Neto – Neto Peperi ; Carlos Magno Dantas Silva – Magno Dantas – e João Eudes Martins Júnior – João Eudes (São Luís)
9 – Compositor: Alex Costa de Oliveira – Alex Gamboa; Co-autor: Leonardo Pereira de Souza e João Paulo da Silva Falcão (São Luís)
10 – Compositor: Pedro Rodrigues de Araújo; Co-autor: David Nunes de Araújo (Boa Vista do Gurupi)
11 – Compositor: Darlan Williams de Oliveira – Darlan Oliveira; Co-autor: Lucas Conceição Vieira Neto – Lucas Neto e Vinicius Hakã França da Silva – Hakã Silva (São Luís)
12 – Compositor: Alysson Gustavo de Sá Ribeiro – Alysson Ribeiro; Co-autor: Domingos Santos Lopes – Dominguinhos Lopes, Paulo Felipe Costa Martins – Paulo Felipe e Renato Bruno Guimarães Paixão – Renato Guimarães (São Luís)
13 – Compositor: Luiz Regis Furtado – Regis Furtado; Co-autor: Oberdan Nascimento Serra de Oliveira – Oberdan Oliveira (São Luís)

Confira a sinopse do enredo da Beija-Flor
Enredo: São Luís, o poema encantado do Maranhão
Como o foco principal é o enredo, a escola já está com uma sinopse, que servirá de guia das fantasias, alegorias e principalmente do samba-enredo. A setorização ficou assim programada, podendo sofrer alterações:
Setor 01 – Abre-Alas “A Quimera Européia e o Novo Mundo”;
Setor 02 “O tráfico Negreiro em Navios Tumbeiros”;
Setor 03 “Religiosidade – A Fronteira entre o Sagrado e o Profano”;
Setor 04 “A Rainha do Maranhão – O encanto das Festividades que te Enfeitam”;
Setor 05 “O Inverossímil Imaginário Ludovicense- Lendas e Mitos”;
Setor 06 “Diversos Poemas e Muita Música – A Atenas Brasileira”
Setor 07 “Capital da Cultura – De São Luís para o Mundo, o Futuro que te Aguarda”.

Areias infindas das terras das palmeiras do meu país, depois do oceano, do areal extenso, o horizonte imenso, onde a terra esboça luz. Upaon-Açu, solo sagrado, terra de encantarias, onde vive em plena mata, a tribo dos homens nus. São guerreiros dos cumes dos montes, dos vastos horizontes, onde canta o sabiá. São combatentes bravos, que não se fizeram escravos do estalar do açoite dos que vieram te dominar.

Sem saber o que esperar, três Coroas te cobiçaram as riquezas, os relatos do Novo Mundo inflamaram as paixões, por cidades de ouro puro a serem descobertas, de fantásticos prazeres, ilusão hiperbólica dos seres, transformados em quimera bestial.

A França te fundou, Holanda te invadiu, mas Portugal conseguiu, por fim, te colonizar. Mas para tanto, o que se deu foi um quadro medonho e triste, que, ao surgir, no mar se achou. Abrindo as velas ao soprar das virações marinhas, surge espectro sombrio. Em meio às brumas, desenha grande navio, que traz um canto funeral. Choro, amargura e horror fazem do cúmulo da maldade, a mordaça da liberdade para triste multidão; o navio da escravidão, ferida aberta nos mares, vem macular os ares de São Luís do Maranhão.

Fatalidade atroz, envolve reis e rainhas, soberanos de selvas longínquas da majestade dos leões. Ontem belos, livres e bravos, agora míseros escravos; sem luz, sem lar, sem amplidões. E a terra se desdobra, cresce, evolui, se renova, a ferro, fogo e escravidão. Mas nos planos divinos, nos reinos cristalinos, nos píncaros da luz eterna, surge nova terra, cultivada à força da oração.

Upaon-Açu, ressurge agora mística no poder dos voduns e ao som dos tambores de Daomé, na manifestação dos antigos e na força do candomblé. Desse misticismo santo, surge a alegria e o encanto das festas que te enfeitam, por vezes, como o Boi morto e ressuscitado da negra mãe Catirina, celebração divina em meio a enfeitados casarões de azulejos portugueses; teu folclore tem brilho farto, que à tua riqueza conduz.

Terra dos ludovicenses, Ilha do Amor e dos mitos da Fonte do Ribeirão, da terrível serpente encantada, da lenda da praia do olho dágua, de Iná princesa, e do milagre de Guaxenduba.

Fala-se de uma sinhá incompreendida, que virou assombração, e no soar da meia-noite, surge o espectro sinistro, ouvem-se o ranger de correntes, estalar de açoites, seres sombrios como a noite, escravos arrastados em imenso turbilhão.

E a Sinhá Ana Jansen sofre agora, aprisionada em carruagem encantada por antigos escravos seus, furiosos, desesperados, cortejo de celerados, esquecidos filhos de Deus. E a cena só termina, quando o galo, na campina, anuncia o dia raiar.

São Luís, capital do Maranhão, terra de Alcione, de Joãozinho Trinta, de Zeca Baleiro, de Rita Ribeiro, do Reggae Brasileiro, de Gonçalves Dias, de Ferreira Gullar e Josué Montelo. Vestindo a fantasia, vem celebrar nossa folia o fofão, o vira-lata, cruz-diabo, o corso do meretrício e as cabrochas a brincar com os mascarados dos salões do Moisés.

Em meio a tanta festa reluz o Eldorado da bauxita, minério batizado pela Coroa que te fundou e que desconheceu essa tua riqueza, que hoje é chama acesa para que possas progredir; na luz dos céus incomparáveis do futuro que te aguarda, na imensidão, para te consagrar, enfim, São Luís, pérola sagrada da Coroa encantada do glorioso Maranhão.

Laíla
Diretor Geral de Carnaval

Laíla, Fran Sérgio, Ubiratan Silva, Victor Santos e André Cezari
Comissão de Carnaval

Bianca Behrends
Pesquisa e Documentação Artística

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