O goleiro Bruno Fernandes prestou depoimento nesta terça-feira em sessão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg), em Belo Horizonte, confirmando a denúncia de tentativa de venda de habeas corpus em favor dele feita por sua noiva Ingrid Calheiros de Oliveira.
“Eu não pude dar retorno, agradecer todos os meus fãs. Podem acreditar em mim, nas minhas palavras. Eu sou inocente”, pediu o ex-goleiro do Flamengo ao fãs. A noiva do jogador, Ingrid , também prestou depoimento e sentou ao lado do goleiro e trocaram beijos.
Bruno, junto com o amigo Luiz Henrique Romão (o Macarrão) e o ex-policial Marcos dos Santos (o Bola) ainda vai a júri popular sobre o desaparecimento e morte da modelo Eliza Samudio.
A sessão ocorreu na manhã desta terça e foi conduzida por membros da Comissão de Direitos Humanos da Almg. Ingrid denunciou aos deputados no dia 10 de junho que a juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, teria intermediado conversa de Ingrid com um advogado que participou da defesa do goleiro.
De acordo com a noiva de Bruno, o antigo advogado do jogador lhe teria proposto uma assinatura de um contrato de R$ 1,5 milhão com cláusulas de impetração de habeas corpus para Bruno.
“Quero sair da (penitenciária) Nelson Hungria pela porta da frente. Quero sair dali, para dar continuidade à minha carreira e cuidar dos meus entes queridos”, declarou Bruno, negando ter proposto ou aceitado outras maneiras de se livrar da acusação de envolvimento na morte de Eliza Samudio.
Ele ainda acusou o delegado Edson Moreira, da Polícia Civil em Belo Horizonte, de ter oferecido a ele R$ 2 milhões para sair da cadeia e “jogar o caso em cima do meu sobrinho”.
Também foi ouvido pelos deputados Durval Ângelo, Rogério Correia, Maria Tereza Lara, entre outros, o advogado do jogador, Cláudio Dalledone.