Foram 119 anos de circulação que fizeram dele, na década de 1980, o mais importante jornal do país.
Por e-mail enviado aos editores e diretores do JB, o diretor-presidente do diário, Pedro Grossi, anunciou na última segunda-feira (12) a saída da empresa.
JB pode ficar apenas com versão online
Pedro Grossi
Dia 26 de junho, confirmando com exclusividade para o site Janela Publicitária que não pretende mais continuar na área de mídia, o empresário Nelson Tanure informou que encomendou uma extensa pesquisa com os leitores do Jornal do Brasil para saber quais as alternativas que eles vêem para o veículo. Tanure não quis se estender na entrevista, alegando ser prematuro falar antes de ter nas mãos os resultados do questionário, o que deve acontecer ainda em julho.Mas o então presidente da empresa, Pedro Grossi,também em entrevista exclusiva para o Janela, adiantou que uma das propostas para o Jornal do Brasil seria encerrar a publicação impressa e se concentrar em uma versão online.
Atrás dos formadores de opinião
O Jornal do Brasil, assegurava Pedro Grossi na época, teria uma tiragem em torno de 25 mil exemplares, sendo 20 mil através de assinaturas. Estes números estariam no mínimo 10 mil abaixo do objetivo da empresa. “Não é saudável assistir o fechamento de um jornal que sempre defendeu a liberdade de opinião no Brasil”, lembrou Grossi. Ele lamenta que tenham sido concedidas ao jornal as mesmas condições — através de um Programa de Recuperação Fiscal (Refis) — que recebem outras indústrias que não têm o mesmo tipo de envolvimento com a sociedade. “As autoridades precisam ser mais flexíveis”, pede Grossi, que descarta a possibilidade de encontrar outro investidor que se interesse em assumir a publicação nas atuais condições, ainda mais por ser praticamente impossível os eventuais novos responsáveis não herdarem as dívidas das administrações anteriores. “Não sou jornalista, sempre fui leitor do JB.
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