02/12/2024
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Moro exige presença de Lula para ouvir 87 testemunhas

Descrição: CURITIBA,PR,01.06.2016:SÉRGIO-MORO-HOMENAGEM-OPERAÇÃO-LAVA-JATO - O juiz federal Sérgio Moro, os procuradores do Ministério Público Federal e também os delegados da Polícia Federal que atuam na Operação Lava Jato, recebem homenagem da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), em Curitiba (PR), nesta quarta-feira (01). (Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS *** IO DE JANEIRO, RJ, 20.06.2016: POLÍTICA-RIO - Evento de Pré-candidatura para prefeito do Rio de Janeiro de Jandira Feghali (PCdoB), na Fundição Progresso no Rio de Janeiro, o evento teve a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O juiz federal Sérgio Moro exigiu a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas oitivas das 87 testemunhas arroladas por sua defesa em um processo ligado à Operação Lava Jato.   
O caso refere-se à suspeita de pagamento de propina pela Odebrecht por meio da compra de um terreno em São Paulo onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao imóvel de residência do ex-mandatário, em São Bernardo do Campo.   

A área que sediaria a fundação de Lula foi adquirida em novembro de 2010 pela DAG Construtora, que pertence a um empresário ligado a Marcelo Odebrecht. Segundo a Polícia Federal, a empreiteira estaria por trás da aquisição. Apesar disso, o terreno não virou sede do Instituto Lula e hoje está em nome de uma incorporadora.   
Já o apartamento teria sido comprado por Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, e alugado gratuitamente a Lula por meio de um contrato celebrado em nome de Marisa Letícia. De acordo com a PF, o ex-presidente utiliza o imóvel desde 2003 e é seu verdadeiro dono. Além disso, ele teria sido comprado por meio de propina recebida da Odebrecht e intermediada pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.   
Réu no processo, o petista decidiu arrolar 87 testemunhas de defesa, o que, segundo indica o despacho de Moro, pode se tornar uma forma de atrasar o julgamento. “Será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria defesa, a fim de prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas, sem prejuízo, por provas emprestadas”, diz a ordem expedida pelo juiz.   
Por sua vez, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afirmou por meio de nota que a decisão representa uma “arbitrariedade”. “O juiz Sérgio Moro pretende, claramente, desqualificar a defesa e manter Lula em cidade diversa da qual ele reside para atrapalhar suas atividades políticas”, declarou.  

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