JP TURISMO de 27 de junho de 2015
Mesmo com a crise instalada no país, com uma inflação sufocante, juros de cartões e cheques especiais deixando as famílias brasileiras em estado de alerta 24 horas por dia, numa das mais cruéis contenções de gastos e privação vistas nos últimos anos no país. O Maranhão como todo o Nordeste brasileiro solidifica a sua potência folclórica, resgatando valores e primando por um espetáculo digno de respeito e consideração, o São João.
Nas principais cidades do Brasil que promovem o São João como: Campina Grande, Caruaru, Recife, João Pessoa, Aracaju, a festança tem conseguido manter um patamar de interesse da população brasileira, facilitado pela proximidade entre as cidades que promovem a temporada.
No Maranhão, apesar da distância que separa São Luís dos grandes centros, o São João vem cada vez mais se destacando no cenário nacional. As performances musicais e artísticas das agremiações juninas ganharam novos formatos, formalizados por inovações musicais rítmicas que tem contagiado o público nos arraiais da capital, que vale a pena exaltar, estarem melhores estruturados e qualificados para atender um público cativo das manifestações populares maranhenses.
O Parque Folclórico da Vila Palmeira ganhou novo aspecto, o tradicional Arraial do Ipem – Instituto de Previdência do Estado do Maranhão voltou a ter seu espaço bastante valorizado no São João maranhense, com barracas de comidas típicas, jogos, parques e uma infinidade de atrações do período que podem ser vistas num grande palco e tablado montado no local.
Os bairros da capital estão com programações montadas até o dia 30: Monte Castelo, João Paulo, Liberdade, Estiva, Madre Deus, Bairro de Fátima, Desterro, Vinhais, Ipase, Anjo da Guarda, Vila Embratel, Cidade Operária, todos recebendo entre 5 a 6 grupos por noite entre: quadrilhas, danças, tambores de crioulas e bumba bois.
No Centro Histórico três palcos foram montados desde a abertura no dia 13 de junho, noite de Santo Antônio. A Casa do Maranhão, Praça Nauro Machado e a Praça da Faustina que recebem brincadeiras e shows com artistas maranhenses. É muito comum se observar a desenvoltura dos poucos turistas que estão na cidade, assim como a alegria que o folclore maranhense os proporciona. No Ceprama um novo astral, caracteriza o local como ponto primordial para aproveitamento cada vez maior daquele espaço. Enfim uma festa a ser cada vez mais trabalhada.
Para o homem que trabalha no dia-dia buscando o seu lugar ao sol, e espera às tradicionais festas do calendário brasileiro para usufruir com sua família às suas tradições, não existe interesse algum por parte da população querer saber se o governador passado gastou milhões para fazer a festa ou se o atual vai gastar mais alguns milhões para fazer melhor!!! O que interessa é saber que a festa vai acontecer independente de vontades políticas partidárias, mas com a responsabilidade de organização de uma festa para o povo, dentro dos padrões de coerência para com o dinheiro público, visto existirem verbas destinadas à realização das tradicionais manifestações do calendário brasileiro cultural. O que uma simples prestação de contas as claras, colocaria a baixo quaisquer especulações.
As estruturas precisam ser instaladas, as agremiações investem forte, pois para os brincantes a época serve para mostrar a sua arte que é muito mais valorizada pelos visitantes que estão aqui para conhecerem as manifestações locais, do que pelo próprio maranhense que não valoriza aquilo que ele tem de mais forte na cultura, o folclore.
Os bois de piranhas precisam sair dos terreiros e darem espaço a quem verdadeiramente cultua a originalidade, tradição e festividades. Trabalhar as manifestações locais e festas tradicionais é obrigação de quem está na gestão e não realização pessoal de cada gestor. A lavagem de dinheiro público dos que aí passaram, não deve ser seguida pelos que aí passarão. A festa faz parte do folclore maranhense, não adianta querer ser o pai da criança, pois todos os maranhenses conhecem os verdadeiros pais, Chico e Catirina!!!