12/02/2025

Público lota Arraial da Cidade em noite dedicada ao Tambor de Crioula

Uma multidão se dirigiu ao Arraial da Cidade, organizado pela Prefeitura de São Luís na Praça Maria Aragão (Beira-Mar), para aproveitar a programação junina do domingo (18), que começou com reverência ao Dia Nacional do Tambor de Crioula e foi finalizada com um contagiante show da cantora Joelma, que se apresentou para uma multidão. A programação no espaço junino será retomada na próxima quarta-feira (21), estendendo-se até domingo (25).

Tambor de Crioula

A noite começou com uma homenagem especial ao Dia Nacional do Tambor de Crioula (18 de junho), reunindo 12 representantes da manifestação folclórica reconhecida pela Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2007 como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Os grupos evoluíram em diferentes pontos da Maria Aragão, dando as boas-vindas ao público.

Segundo a coordenadora do tambor Amor de São Benedito, Ana Keila Diniz Ribeiro, o tambor de crioula proporciona liberdade de expressão a quem participa. “É uma forma de assumirmos a nossa identidade negra, abrindo espaço, também, para outras raças, pois a roda de tambor acolhe a todos, sem discriminação. Hoje é um momento importante para celebrarmos esse dia especial festejando, também, o São João de São Luís”, disse Keila Diniz.

O tambor de crioula Catarina Mina também participou da festança. O grupo criado na Praia Grande há 23 anos deu origem à Companhia de Cultura Popular Catarina Mina, que desenvolve, também, outras atividades artísticas, incluindo uma escola de capoeira, um espaço cultural e uma banda, entre outras. A roda agrega 24 integrantes. “O tambor de crioula para nós representa resistência da expressão cultural deixada por nossos ancestrais”, disse Ivan Madeira, um dos participantes.

A grande roda de coreiras também abriu espaço para os grupos Alegria de São Benedito, Mimo de São Benedito, Pindarezinho, Capricho de São Luís, Vila Bacanga, Um Degrau de Santa Luzia, Brilho da União, Mestre Basílio, Cravo e Rosa, entre outros.

Praticada no Maranhão desde a época da escravidão, a manifestação folclórica foi trazida por escravizados de diversas regiões africanas nos séculos XVIII e XIX, como divertimento ou uma forma de louvor e pagamento de promessas a São Benedito. Envolvendo dança circular, canto e percussão, tem origem ligada à resistência cultural dos negros e de seus descendentes.

A grande roda de coreiras também abriu espaço para os grupos Alegria de São Benedito, Mimo de São Benedito, Pindarezinho, Capricho de São Luís, Vila Bacanga, Um Degrau de Santa Luzia, Brilho da União, Mestre Basílio, Cravo e Rosa, entre outros.

Praticada no Maranhão desde a época da escravidão, a manifestação folclórica foi trazida por escravizados de diversas regiões africanas nos séculos XVIII e XIX, como divertimento ou uma forma de louvor e pagamento de promessas a São Benedito. Envolvendo dança circular, canto e percussão, tem origem ligada à resistência cultural dos negros e de seus descendentes.

Depois da homenagem ao Dia Nacional do Tambor de Crioula, o primeiro grupo folclórico a se apresentar no Arraial da Cidade foi Boi de Sonhos, fundado por Leocilene Silva dos Santos no bairro São Cristóvão. Depois, entrou a Companhia Baile de Caixa, que soma 15 anos de tradição e fez um passeio por todos os ritmos da cultura maranhense. Enquanto isso, o público também aproveitava a programação no Espaço Reggae e na Barraca do Forró, o primeiro com Crioulo D’IFé e a segunda, com Forró do Cabozé.