13/05/2025
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VIOLENCIA NO FUTEBOL

PolIcia prende homem acusado de atirar privada que matou torcedor

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Um torcedor foi preso pela Polícia Militar no início da tarde desta segunda-feira (5) sob suspeita de ter lançado um vaso sanitário que atingiu e matou um torcedor do Sport no Recife na noite da última sexta-feira (2).

Após a prisão, o auxiliar de serviços gerais Everton Felipe Santiago da Silva, 23, confessou ter arrancado e atirado a privada, segundo o advogado dele, Adelson José da Silva.

Santiago da Silva trabalha em uma escola em Olinda, na região metropolitana do Recife, onde estava quando foi preso, e é integrante de uma torcida organizada do Santa Cruz.

Editoria de Arte/Folhapress

“Ele estava assistindo o jogo, sentiu vontade [de arrancar e atirar os vasos sanitários], aquele negócio doido na cabeça dele, uma coisa estranha”, afirmou o advogado.

Segundo a defesa de Everton, ele não teve a intenção de matar, mas sabia que havia possibilidade de atingir alguém ao jogar a privada. “Ele disse que sabia do risco [do] que podia acontecer”, disse o advogado.

Ainda conforme o advogado, Santiago da Silva deve responder por homicídio qualificado e, se condenado, pode ficar preso de 12 a 30 anos.

O advogado disse ainda que o auxiliar de serviços gerais admitiu ter agido com outras duas pessoas. Uma delas ele já conhecia da torcida organizada. A outra, conheceu antes de arrancar o vaso sanitário.

O auxiliar de serviços gerais vai passar a noite na carceragem do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e deve ser encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Grande Recife, nesta terça-feira (6).

O advogado disse que ainda que solicitará à Justiça reforço na segurança de Everton por temer pela vida dele, já que está colaborando com a polícia para a identificação dos outros envolvidos. Na quarta-feira (7), a defesa deve pedir a liberdade provisória do torcedor do Santa Cruz.

“Ele está com medo, mas está disposto a pagar pelo que fez”, afirmou o advogado, que acompanhou apenas uma parte do depoimento.

Integrantes do setor de rádio patrulha da PM chegaram ao auxiliar de serviços gerais a partir de informações repassadas ao Disque-Denúncia da corporação. O jovem também aparece em imagens das câmeras de segurança.

Policiais disseram que, no celular do suspeito, havia mensagens em que ele comenta o crime e diz temer ir “para o inferno”, em alusão à cadeia. A defesa informou desconhecer o teor das mensagens.

O depoimento do suspeito durou quase toda a tarde. O Disque-Denúncia oferece até R$ 5.000 por informações que levem à prisão de responsáveis no caso.

Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, foi morto na noite de última sexta-feira (2) quando saía do estádio do Arruda, no Recife, onde assistiu à partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Ele estava com a torcida do Paraná, em uma rua dos fundos do estádio. Dois vasos foram atirados do alto do estádio e um deles atingiu o torcedor.

O corpo de Gomes da Silva foi sepultado na tarde de domingo (3).

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