Com o enredo De Alma Lavada, a escola abordou o protagonismo feminino na história brasileira
De virada, a Viradouro é a grande vencedora do carnaval do Rio de Janeiro 2020. Esta é a segunda vez que a escola leva o título — a outra vez tinha sido em 1997. Desta vez, a agremiação levou o troféu com enredo sobre as lavadeiras de Itapuã. Continua depois da publicidade
Com pontuação final de 269,6, a escola fundada em 1946 venceu no critério de desempate a Grande Rio, segunda colocada.
Com o enredo De Alma Lavada, a escola abordou o protagonismo feminino na história brasileira. O enredo é dos carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira.
A escola garantiu notas máximas nos quesitos harmonia, enredo, samba-enredo, fantasia, bateria, mestre-sala e porta-bandeira e evolução.
O segundo lugar ficou com a Grande Rio, com o total de 269,6 pontos. O enredo da escola foi sobre o pai de santo Joãozinho da Gomeia, morto em 1971. A terceira posição ficou com a Mocidade, com 269,4 pontos e homenageando a cantora Elza Soares.
A apuração das 585 notas foi na tarde desta quarta-feira (26/2) na Praça da Apoteose. São cinco jurados em nove quesitos (fantasia, samba-enredo, comissão de frente, enredo, alegorias e adereços, bateria, mestre-sala e porta-bandeira, evolução, e harmonia). Despreza-se na totalização a maior e a menor nota.
Classificação final
1. Viradouro 269,6
2. Grande Rio 269,6
3. Mocidade 269,4
4. Beija-Flor 269,4
5. Salgueiro 269,0
6. Mangueira 268,9
7. Portela 268,8
8. Vila Isabel 268,6
9. Tijuca 267,6
10. S. Clemente 267,0
11. Tuiuti 266,2
12. Estácio 264,7
13. U. da Ilha 264,2
Confira o samba-enredo da campeã
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!