13/05/2025

SEMU marca presença na abertura da Campanha Nacional de Combate ao Racismo nas Instituições Públicas.

O Governo do Estado participou do lançamento, no Maranhão, da Campanha Nacional de Combate ao Racismo nas Instituições Públicas, realizado na terça-feira (21). Presentes representantes das secretarias de Estado da Comunicação (Secom), da Mulher (SEMU), de Desenvolvimento Social (Sedes), de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e da Defensoria Pública do Maranhão (DPE/MA). 

A cerimônia foi promovida pelo grupo Mulheres de Axé do Brasil (MAB) e teve parceria do Centro de Cultura Negra do Maranhão e do Coletivo Mulheres Negras da Periferia.  

O evento aconteceu no Auditório da DPE/MA, em São Luís, em alusão ao Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. A iniciativa tem como objetivo capacitar instituições públicas do estado, no combate ao racismo estrutural, institucional e religioso que afetam direta e diariamente a população negra brasileira.

O lançamento da campanha no Maranhão seguiu as diretrizes da Lei 14.519/2023, que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; e que passa a ser comemorada no dia 21 de março.

A SEMU foi representada pela secretária adjunta, Antonieta Lago, e pela chefe do Departamento de Gestão e Articulação da Secretaria, Ana Rosa Silva. 

Antonieta Lago, que estava representado a secretária de Estado da Mulher, Abigail Cunha, destacou a importância do momento para o estado, ressaltando a parceria com diversos órgãos para combater o racismo institucional.  

“Estamos lançando, em parceria com o Grupo Mulheres de Axé do Brasil, a primeira campanha Nacional de Combate ao Racismo Institucional, Religioso e Estrutural. Então, teremos várias ações, com vários parceiros, vários órgãos públicos, que estão somando nesse processo de tirar o estado do Maranhão da rota do racismo institucional, por determinação do governador Carlos Brandão”, informou.  

Para Ana Rosa Silva, o evento, além de pautar e combater a questão do racismo, também tem como objetivo, promover um processo de reeducação, junto as instituições públicas do Maranhão.  “Essa campanha tem um grande marco na história do Maranhão, não só porque estamos pautando e combatendo a questão do racismo, mas principalmente porque estamos em um processo de reeducação, num processo de letramento racial, junto com as instituições públicas do estado do Maranhão com todo o amparo do nosso governador Carlos Brandão”, pontuou. 

A secretária adjunta de Estado da Igualdade Racial, Socorro Guterres, avalia como fundamental a iniciativa de discutir um tema tão importante, para que famílias e pessoas negras possam acessar políticas públicas, sem sofrer preconceito. 

“É extremamente importante esse evento, porque é fundamental que a gente discuta as relações institucionais, que impedem muitas vezes que as pessoas negras tenham acesso às políticas públicas. O racismo estrutural é esse processo, que determina às vezes que famílias e pessoas negras possam acessar políticas públicas e dessa forma tenham a possibilidade de melhoria de condições de vida. Então, é preciso combater esse racismo nas instituições. E uma forma que temos para fazer isso é discutindo sobre esse processo”, observou. 

Para Mãe Zelita, orientadora do Conselho das Agbás das Mulheres de Axé do Brasil e representante do Grupo Mulheres de Axé da Bahia, a campanha, além de combater o racismo, tem também o papel de festejar e comemorar a cultura afro. “Sou do estado da Bahia, pela segunda vez aqui no Maranhão participando deste grande evento. Foi um momento muito esperado para combater o racismo. Então, hoje, nós estamos festejando as matrizes africanas e do Candomblé, com muito orgulho, muita satisfação. Viva nossa religião. Viva a cultura Afro”, afirmou. 

MAB

O grupo Mulheres de Axé do Brasil (MAB) foi criado com o objetivo de acolher, apoiar e oferecer formação visando a autonomia das mulheres dos terreiros e seus entornos, muitas delas vítimas de violência doméstica, racismo e intolerância religiosa, e para manter as tradições oriundas de África na diáspora. O MAB encontra-se presente em 22 estados brasileiros e núcleos estaduais em 16 deles, incluindo o Maranhão.

Lançamento

Presentes ao evento representantes do Movimento de Mulheres de Axé e de diversos setores da sociedade civil organizada; autoridades dos poderes estaduais Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público do Maranhão (MP/MA). 

Participaram, também da abertura, Iyalaxé Juçara Lopes (idealizadora do Mulheres de Axé), Mãe Aíla (do Ilê Ashé Ogum Sogbô), Elainne Barros (diretora da Escola Superior da Defensoria Pública do Maranhão), José Márcio Maia Alves (diretor da Secretaria para Assuntos Instituições do MP/MA), Airton Ferreira (membro fundador do Centro Cultura Negra MA), Juliana Costa (do Coletivo de Mulheres Negras da Periferia), Lília Raquel (secretária de Estado da Sedihpop), Gardênia Sabóia (secretária adjunta de Transferência de Renda e Cidadania, da Sedes), Leuzinete Pereira (da Escola de Governo do Maranhão) e Sorimar Sabóia Amorim (da Fundação da Criança e do Adolescente-Funac).