19/01/2025

A Supercopa ficou gigante (*)

JUCA  KFOURI

Coube ao Galo, campeão brasileiro e campeão da Copa do Brasil, ficar também com a Supercopa, num grande jogo em que saiu na frente, tomou a virada graças ao uruguaio Dom Arrascaeta, arrasador no segundo tempo, e empatou com Hulk.

Sempre haverá quem privilegie os erros que permitiram os quatro gols, como o do goleiro rubro-negro Hugo, corajosamente escalado por Paulo Sousa no lugar de Diego Alves, no 1 a 0 mineiro, em rebote aproveitado por Nacho Fernández.

Ou criticará o também uruguaio e experiente zagueiro Godín, no gol da virada feito por Bruno Henrique.

Mas como esquecer o petardo de Guilherme Arana que levou Hugo ao erro?

Ou o passe do menino Lázaro em sua primeira participação no jogo para Bruno Henrique fazer o 2 a 1?

Quem viu, no sábado, Manchester City 2, Tottenham 3, talvez tenha pensado que jamais veríamos, no Brasil, um jogo como aquele, com domínio quase absoluto do City e vitória do time londrino, em exibição de gala de Harry Kane e eficiência absoluta, ao marcar os dois gols que apareceram em sua frente.

A intensidade do jogo em Manchester foi tamanha que o torcedor brasileiro teve mesmo razão para achar que aqui seria impossível, nos nossos gramados e, ainda mais, em começo de temporada.

Pois Galo e Mengo mostraram que estavam de brincadeira em seus ridículos campeonatos estaduais e disputaram a decisão como se fosse um Mundial.

Arana, do Atlético, duela com Arrascaeta, do Flamengo, na boa final 

Encheram os olhos de quem gosta de futebol com atuações exuberantes também do garoto João Gomes e do experiente Nacho Fernández.

A exemplo do que aconteceu no ano passado, o fato de confrontar rivalidades nacionais dá à Supercopa do Brasil um caráter que nem era para a taça ter.

Teve entre rubro-negros e palmeirenses e teve agora, noves fora a ridicularia dos cartolas que os jogadores deixaram de lado para disputar lealmente a decisão.

Mesma coisa aconteceu quando, em 2013, Corinthians e São Paulo disputaram a Recopa Sul-Americana, troféu para o qual não se dava importância alguma por aqui e que acabou ganhando contornos épicos.

DUPLA DE FERRO

O Trio de Ferro anda enfraquecido porque o São Paulo vive às voltas com problemas que parecem insolúveis.

Sobraram Palmeiras e Corinthians, embora com diferenças consideráveis.

São os favoritos ao título do Paulistinha com o alvinegro no papel de concorrente pelo número de talentos que reuniu, até mais que o do rival.

Se aguentará a incomparável melhor organização do alviverde, é coisa a se ver.

O Palmeiras tem levado o Paulistinha com os pés nas costas enquanto o Corinthians leva com altos e baixos.

Triste é ouvir o presidente corintiano dizer que é contra a SAF porque um clube popular como o Corinthians não pode ter donos.

Seria argumento ponderável caso a história de Parque São Jorge fosse outra, não a dos “donos” Wadih Helu, Vicente Matheus, Alberto Dualib e, disfarçado pelo rodízio, Andrés Sanchez, que dominam a cena desde o final da década de 1950.

Aliás, do que vive o sr. Duílio Monteiro Alves?

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