Quem foi ao Teatro Arthur Azevedo, na noite de ontem, para assistir à estreia da curta temporada em São Luís do espetáculo ‘Bibi, uma vida em musical’, saiu de lá no mais absoluto estado de graça.
Muitos, aproveitaram a noite com a lua ainda cheia e foram curtir esse outro espetáculo nos restaurantes e bares à beira-mar.
O belíssimo espetáculo que faz uma nova turnê por cinco cidades do Brasil e incluiu São Luís no roteiro, retorna aos palcos para celebrar o centenário de Bibi Ferreira, uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos.
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Em Bibi, Uma Vida Em Musical, a história familiar, profissional e amorosa da artista se enredam. A formação em música, dança e línguas estrangeiras foi estimulada pela mãe Aida Izquierdo, bailarina espanhola.
A estreia profissional no teatro, aos 19 anos, foi pela mão do pai, o ator Procópio Ferreira, em papel escrito por ele para a filha. Assim, o musical percorre todas as fases da vida de Bibi, da escolha do seu nome, sua preparação para os palcos, os espetáculos musicais como os inesquecíveis ‘Gota d’Água’, de Paulo Pontes e Chico Buarque, que este Repórter aplaudiu no Teatro Galpão, no Rio, a convite da atriz e cantora, ‘My Fair Lady’, ‘Alô Dolly’ e ‘Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção’, seus casamentos, o nascimento da filha única, Tina Ferreira, as viagens para Portugal e Inglaterra a trabalho, a homenagem da escola de samba Viradouro até sua chegada a um teatro da Broadway, aos 90 anos.
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O musical celebra ainda o legado de Artur Xexéo, que partiu em 2021. Um dos maiores jornalistas brasileiros, autor de espetáculos como ‘Cartola – O Mundo é um Moinho’, ‘Eu Não Posso Lembrar Que Te Amei – Dalva e Herivelto’, ‘Hebe, o Musical’, era fã confesso e avaliou a importância de Bibi Ferreira na profissionalização do ator no Brasil, em relação ao seu ofício.
Em Bibi, uma Vida em Musical, a atriz Amanda Acosta fala, gesticula e caminha como Bibi Ferreira. Também impressiona na pele da homenageada ao soltar a voz em Gota d’Água, Non, Je Ne Regrette Rien e New York, New York. É através de uma composição interiorizada, no entanto, que a intérprete encontra a alma da personagem ao apresentá-la da adolescência aos dias atuais.
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Com um farto material nas mãos, os autores Artur Xexéo e Luanna Guimarães humanizaram a diva, explorando inseguranças artísticas e conflitos pessoais, como suporte para contar a biografia que atravessa quase um século do teatro brasileiro. A ambientação circense, que serve de fio condutor, equilibra a montagem e torna mais leves momentos densos como o flerte da artista com o engajamento político.
Destaques do numeroso elenco coadjuvante, Chris Penna personifica o ator Procópio Ferreira e Guilheme Logullo compõe um sedutor Paulo Pontes, dramaturgo e um dos maridos de Bibi. Direção cênica de Tadeu Aguiar e musical de Tony Lucchesi (180min, com intervalo), estreou em 4/5/2018.
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Na estreia do espetáculo em São Luís, o elenco de Bibi, uma vida em musical prestou uma carinhosa homenagem para Ana Karin Andrade e seu irmão Emerson, que em São Paulo deram grande apoio à produção do espetáculo.
O grupo “Mulheres Solidárias”, presidido por Ana Karin, deu grande apoio à produção.
FONTE: Coluna de PH