A campanha Novembro Azul ocorre em todo o Brasil para conscientizar os homens de que é preciso fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o Inca, pelo menos 68.220 novos casos são diagnosticados a cada ano, sendo a segunda causa de morte entre os homens, com 14 mil óbitos anuais.
Como forma de prevenção, o diretor de oncologia clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia, Hézio Fernades, explica que os homens devem ficar atentos a sinais e ao diagnóstico da doença.
“Um em cada sete, oito homens vão ter câncer de próstata. Quanto mais cedo você descobre o câncer de próstata, maior a chance de cura e maior a chance de que este homem continue vivo e sem sequelas”, conta.
O câncer de próstata é o tumor que afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento, muitos homens preferem não conversar sobre o assunto.
O diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia, Hézio Fernandes, ressalta que a doença é confirmada depois de se fazer uma biópsia, que é indicado ao encontrar alguma alteração no exame de sangue, ou por meio do toque retal, prescrito a partir da suspeita de um caso por um médico especialista.
“O exame digital da próstata é um exame de custo zero. O custo dele é uma luva e algumas gramas de xilocaína lubrificante, mais nada! É um exame absolutamente sem custo. Então, é um exame que não deveria, em hipótese alguma, sofrer com a falta de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma.
Na maioria dos casos, o câncer de próstata cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Já em outros casos, ele pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e até causar a morte.
Quando localizado apenas na próstata, o câncer pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos.
A escolha do melhor tratamento será feita individualmente, por um médico especializado, caso a caso, depois de serem definidos quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme o estágio da doença e as condições clínicas do homem. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do SUS.