Em comemoração ao centenário de nascimento do artista plástico Antônio Almeida, o Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM) realiza a exposição “Olhares de Almeida”, com 27 estudos originais de obras muito conhecidas do público maranhense, como o gigantesco painel do antigo Banco do Estado, parte importante da paisagem de São Luís, o painel do Parque do Bom Menino, entre outros. Dono de uma longa, criativa e produtiva carreira de mais de 50 anos de atividade, o artista, natural de Barra do Corda, dominava técnicas de pintura, escultura, xilogravura e também, já cego no final de sua vida, a poesia, tendo escrito dois livros.
Antônio Almeida foi o primeiro artista plástico do Maranhão a integrar a Academia Maranhense de Letras, em 1986.
É dele também a famosa logomarca da Caema, com a junção inusitada e poética de rãs e água, numa belíssima referência às memória da descendência sertaneja – os pais do artistas eram cearense e piauiense. Autodidata e talentoso, seu trabalho ilustrou revistas e livros, como a primeira edição de “Norte das Águas”, do escritor José Sarney.
Além dos estudos, em diversas técnicas, a exposição traz peças do acervo pessoal do artista, como medalhas e condecorações recebidas. Serão exibidos também vídeo feito especialmente para a exposição e o documentário Antônio Almeida 100 anos, com direção de Augusto Nicácio e da pesquisadora Geyze Nicácio, que entrevistou Almeida nos últimos anos de vida, além de arquitetos, colecionadores e críticos de arte.
A exposição “Olhares de Almeida” teve início no dia 1º de dezembro, às 16h, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão – Rua do Sol, 302, Centro -, e vai até 30 de maio de 2023.