15/03/2025
Sem categoria

PROGRAMAÇÃO DO DIA 29 DE JUNHO, SOBRE A PROCISSÃO PARA CAPELA DE SÃO PEDRO

FESTA EM HOMENAGEM A SÃO PEDRO

As manifestações em louvor a São Pedro, terceiro santo dos festejos juninos, culminam no dia 29 de junho, data consagrada a este Santo tão popular e querido em todo Maranhão e em São Luís.
A Grande São Luís, por ser uma ilha, é repleta de lindas praias e de uma produção pesqueira imensa. Desta feita, o universo de pescadores é enorme, com diversas colônias nos quatro municípios, onde no dia de São Pedro são efetuadas procissões marítimas nas quatro cidades da Ilha: São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

Porém, a maior tradição que há mais de 50 anos reza, que no alvorecer de 29 de junho, dia de São Pedro, dezenas e dezenas de grupos de bumba-meu-boi, principalmente os do sotaque de matraca, se dirigem para um só local: capela de São Pedro, localizada no bairro da Madre Deus. Ali, fazem o famoso encontro dos “batalhões” pesados, sem qualquer discriminação de brilhos ou sotaques, de tamanho ou localidade; tudo é válido para o Boi estar presente, com a grande finalidade de saudar o Santo, padroeiro dos pescadores.
~

Este já é um encontro consolidado no calendário do folclore maranhense, sendo que, a cada ano, é crescente o número de bumba-meu-boi, agora de todos os sotaques, bem como, o de participantes e de fiéis devotos.
O encontro na Capela de São Pedro, no seu dia, é um dos mais importantes eventos das festas juninas ludovicenses. É uma festa de intensa programação, onde não falta um segundo, os sons estridentes de matracas, pandeirões e orquestras. A manifestação tem início com a chegada desordenada dos bumbas, vindos de todos os cantos da Ilha de São Luís.

Outro momento esperado do evento é o início da procissão com a saída da imagem do Santo, em carro do Corpo de Bombeiros, seguindo em carreata até o cais do Jenipapeiro, onde tem a partida da tradicional procissão marítima em louvor ao padroeiro dos pescadores. Já no crepúsculo, os fiéis seguem em procissão terrestre pelas ruas do centro da cidade, culminando com uma missa campal no Largo de São Pedro, na Madre Deus. Durante todo o dia os grupos permanecem animando o largo, sem hora para terminar as homenagens ao santo.

Capela: Desde ao ano de 1948 que a concentração acontecia ao amanhecer do dia 29. Mas foi em 1949 que foi construída a Capela de São Pedro. Em 1970, a primeira capela foi posta no chão. Neste intervalo, as imagens do santo e de santa Maria foram guardadas na residência de dona Zeca e os festejos ficaram tão-somente em ladainhas realizadas em casas da Madre Deus. O evento só voltou a tomar corpo com a construção de uma nova capela em 1972. Daí para frente, o dia de São Pedro passou a receber no seu Largo as mais diversas brincadeiras, sotaques e terreiros, as quais transformaram o Largo de São Pedro numa das mais importantes atrações das manifestações de junho.
Uma capela moderna foi inaugurada em 31 de dezembro de 2001, para melhor abrigar os fiéis do santo em seus grandes eventos, com prioridade para o seu dia.

Curiosidades: Como começou esta reverência a São Pedro? Segundo pesquisas, são mais de cinco décadas, onde é duradoura a relação do santo com o tradicional e cultural bairro da Madre Deus. No início, um grupo constituído praticamente 100% de pescadores. Não existe um consenso sobre o início da homenagem ao santo. Sabe-se que até 1945 a reverência era através de novenas (nove noites de rezas e ladainhas). Mais tarde, foi formado um grupo de madre-divinos, liderado por João Fonseca, que reforçou a organização e passou a constar da programação as procissões: marítima e terrestre, bem como, o arraial no Largo de São Pedro, daí a festa passou a ser custeada pelos pescadores da Madre Deus, junto com seus familiares e devotos de uma maneira geral.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.