A Caixa Econômica Federal nega que tenha perdido a Taça das Bolinhas, que está em seu poder desde 1987. Segundo o banco, o troféu está seguro em seu cofre no centro do Rio de Janeiro. O motivo pelo qual ele ainda não foi entregue ao São Paulo seria a falta de um termo de custódia, espécie de comprovante, não apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A questão já está sendo discutida pelos departamentos jurídicos das duas entidades, segundo a assessoria de imprensa da Caixa. Como o depósito foi feito há mais de 20 anos, a taça, cujo nome oficial é Caixa Econômica Federal, só poderá ser entregue após a apresentação do termo de custódia.
A polêmica sobre um possível desaparecimento foi levantada nesta quarta-feira pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”. Segundo o jornalista, a CBF estaria preocupado com uma possível repetição da história da Jules Romet, taça da Copa do Mundo que foi roubada e derretida nos anos 1980.
O imbróglio entre a Caixa e a CBF só aumenta o histórico de polêmicas que cerca a Taça das Bolinhas, que seria dada ao primeiro clube que vencesse o Campeonato Brasileiro cinco vezes.
O Flamengo diz que deveria ter recebido o prêmio em 1992. A CBF não reconhece, no entanto, o quarto título rubro-negro, de 1987. Por isso, a entidade decidiu, em abril, conceder o prêmio ao São Paulo, que venceu o Brasileiro pela quinta vez em 2008.