Marie Curie, Madre Tereza de Calcutá, Maria da Penha: três das muitas mulheres influentes no mundo que deixaram um legado para além de suas obras, que foi a importância da presença das mulheres em todas as áreas de ação e conhecimento. Nesse domingo, 8, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, que, em mais de cem países, representa a valorização e luta pelos direitos femininos.
Marie Curie, cientista e física polonesa, recebeu o prêmio Nobel de física e química e, além de ser a primeira mulher a receber um Nobel, foi a primeira pessoa a receber duas vezes o prêmio. Madre Tereza, canonizada em 2016 pelo Papa Francisco, é o maior nome quando se trata de caridade: foi a fundadora da congregação das Missionárias da Caridade e recebeu um Nobel da Paz em 1979. Já Maria da Penha, mulher brasileira que lutou para que o seu agressor fosse condenado, hoje é líder de movimentos em defesa da mulher e teve uma lei sancionada com seu nome.
A Universidade Federal do Maranhão também possui grandes exemplos de mulheres influentes na sociedade e na ciência, como as professoras Terezinha Rêgo e Kátia de La Salles, que mostram a ascensão feminina como algo necessário e de grande importância.
A professora Terezinha Rêgo, que, há mais de cinquenta anos, dedica suas pesquisas no ramo de fitoterapia, etnobotânica e hortas medicinais, demonstrou seu apoio às mulheres. “Quero parabenizar todas as colegas que fazem a Universidade. Cada uma de nós desempenha um papel muito importante, não só na Universidade. No mundo inteiro, a mulher está sempre presente e trazendo benefícios a toda a comunidade. Espero que recebamos as considerações a que temos direito, pelos papéis que desempenhamos na sociedade”.
A professora do Departamento de Tecnologia e Engenharia Química, Kátia de La Salles, criou o grupo de extensão “Sarminina Cientistas”, que serve de apoio às meninas e mulheres que pretendem ingressar, ou que já fazem parte do ramo da ciência, a fim de assisti-las em meio à pressão que sofrem por serem mulheres na ciência.
Ela contou, ainda, sobre a sua expectativa de visibilidade das mulheres no futuro. “Já existe um equilíbrio de mulheres na área de ciência e tecnologia, mas ainda estamos ‘camufladas’. Hoje em dia, temos muitas pesquisadoras de sucesso, como o exemplo recente das duas mulheres que isolaram o genoma do coronavírus”, afirmou Kátia.
Segundo a docente, é preciso mostrar ao público feminino que as mulheres têm capacidade. “Eu acredito que a visibilidade das mulheres tem crescido bastante e acho que, em algum tempo, estaremos sendo reconhecidas internacionalmente”, concluiu.
As mulheres estão cada vez mais engajadas e presentes na sociedade. No dia 11 de fevereiro de 2015, foi instituído, pela Assembleia das Nações Unidas, o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. É nessa atmosfera de luta e visibilidade feminina que as pesquisadoras Ana Rita Nunes (UFMA) e Natascha Wosnick (UFPR) produziram o artigo Women in Amazonia Elasmobranch Research: A Tribute To The Brazilian Researchers, que será publicado internacionalmente, valorizando as cientistas brasileiras. (Clique para ler a reportagem completa)
A UFMA deseja um feliz Dia Internacional da Mulher e reconhece sua tão importante existência para a Universidade e para o mundo!