Estudo divulgado ontem mostra ainda que a expectativa de vida do maranhense é menor do que a nacional, que é de 75,5 anos
O Maranhão é o estado com a menor esperança de vida ao nascer. É o que mostra o estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que traz o estado com uma expectativa de vida de 70,3 anos.
O dado está presente na ábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2015, que apresenta as expectativas de vida às idades exatas. O estudo mostra ainda que a expectativa de vida do maranhense é menor do que a da realidade nacional, que é de 75,5 anos.
Conforme mostram os dados, em termos gerais, a expectativa de vida do maranhense ao nascer é de 70,3 anos, a pior de todas as unidades federativas. Para as pessoas do sexo masculino, a expectativa é de 70,3 anos, enquanto que para as pessoas do sexo feminino, a esperança de vida é de 74,2 anos.
De acordo com o IBGE, uma criança nascida do Maranhão, por exemplo, esperaria viver em média, aproximadamente 8,4 anos a menos que uma criança nascida em Santa Catarina, cuja expectativa de vida é de 78,7 anos.
A média nacional de expectativa de vida é 75,5 anos. Conforme mostrou a publicação, apenas oito estados possuem esperanças de vida ao nascer superiores à média nacional que são o Rio de Janeiro (75,9 anos); Paraná (76,8 anos); Minas Gerais (77 anos); Rio Grande do Sul (77,5 anos); São Paulo (77,8 anos); Distrito Federal (77,8 anos); Espírito Santo (77,9 anos) e Santa Catarina (78,7 anos).
Mortalidade
Outro dado que a publicação traz é sobre a mortalidade de crianças menores de um ano de idade. O Maranhão apresentou a segunda maior taxa que é de 22,37 óbitos de crianças menores de idade para cada 1.000 nascidos vivos. Isso implica dizer que para cada 1000 nascidos vivos, 22 crianças morreram antes de completar um ano de idade.
Essa taxa de mortalidade um importante indicador da condição de vida socioeconômica de uma região. A menor taxa de mortalidade infantil, de acordo com o IBGE, foi encontrada no estado do Espírito Santo, que apresentou 9,2 óbitos de crianças menores para cada 1.000 nascidos vivos. Já e a maior pertenceu ao estado do Amapá, que apresentou 23,5 óbitos por mil nascidos vivos.
A questão da saúde está diretamente relacionada com a expectativa de vida e a taxa de mortalidade apresentadas pelo IBGE no estudo. De acordo com Marcelo Virgínio de Melo, chefe da unidade regional do IBGE, no que diz respeito aos dados relacionados à esperança de vida, as políticas públicas de saúde muitas vezes não atendem à contento a população idosa no estado, fazendo que a expectativa de vida no Maranhão seja de 70,3 anos enquanto que em Santa Catarina, as pessoas vivem em média 78,7 anos.
“As doenças degenerativas são caras no que diz respeito à prevenção e tratamento. As políticas públicas de saúde são voltadas na maioria das vezes para o atendimento emergencial e para a saúde básica, como nos postos de saúde”, destacou, ao ressaltar ainda que a expectativa de vida do Maranhão não é muito distante da média nacional que é de 75,5 anos.
Sobre a taxa de mortalidade entre as crianças menores de um ano idade, a falta de atenção no pré-natal foi um dos fatores apontados por Marcelo Virgínio responsáveis pela alta taxa no Maranhão desse problema. “Talvez esse seja um principal fator. A falta de uma UTI Neo Natal e o acompanhamento das crianças nos primeiros dias de vida também são fatores”, disse o chefe da unidade regional do IBGE.
Saiba Mais
As informações contidas na Tábua de Mortalidades do IBGE subsidiam o cálculo do fator previdenciário para fins das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social. O estudo é proveniente de uma projeção dos níveis de mortalidade a partir da Tábua de Mortalidade construída para o ano de 2010, na qual foram incorporados dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade.